Resenha: "A Coroa", de Kiera Cass

  Editora: Marcador

  Autor: Kiera Cass

  Edição: 2

  Número de páginas: 272

Sobre a autora

Kiera Cass nasceu e cresceu em Carolina do Sul. Graduou-se em História pela universidade de Radford e foi com a trilogia “A Seleção” que se lançou nos tops do NYT.

A obra

Olá a todos!! :)

Esta é a última resenha antes do Natal. Ainda pensei em deixar para depois da época festiva. Mas acho que uma boa dica de livro nunca calha mal, muito menos quando alguns ainda podem estar a pensar no que pedir/dar em dúvidas de última hora! :P

E uma dessas histórias que valem a pena ler é “A Seleção”. Neste livro, a filha de Maxon e America recupera do que aconteceu no final do livro anterior e é obrigada a tomar ainda mais decisões de Illéa do que antes, visto o pai a ter nomeado regente! Mas o seu percurso não para por aí, num país ainda em alvoroço…

Ao mesmo tempo que tudo isto acontece, Eadlyn tem de decidir qual dos jovens, agora reduzidos aos 6 que constituem a conhecida Elite, vai escolher para seu consorte. E a escolha não está nada fácil…

Enfim. Se estava um pouco em dúvida acerca do livro anterior, devo dizer que adorei este! Foi uma leitura igualmente leve, mas flui ainda melhor  e trouxe-nos um conjunto de temas e mesmo acontecimentos passados que me fizeram agarrar às páginas e lê-lo em dois dias!

Antes de mais, abrimos com uma Eadlyn diferente. Com as suas dúvidas, sim, mas tão mais altruísta, tão menos mimada, tão mais responsável e empática! Era um percurso interior que a nossa protagonista já tinha claramente iniciado em “A Herdeira”, mas o acontecimento que fecha esse volume foi realmente determinante para este crescimento.

Dizem que, a dada altura da nossa vida, só conseguimos realmente mudar quando há algo de brutal a acontecer-nos. E foi isto que se passou com Eadlyn.

Entretanto, o romance entre os vários concorrentes (que agora se tornaram mais amigos do que qualquer outra coisa) surge naturalmente, e somos levados a shippar vários pares ao mesmo tempo, precisando mesmo de saber qual será a escolha final. Mas não é apenas isso que nos obriga a continuar, é também o estilo leve da autora, a forma meia doce ou subitamente decidida com que as cenas terminam, são os capítulos curtos e a escrita objetiva com todas as palavras a trabalhar a favor da história…

E, mais ainda, são os vários temas que ganham espaço neste livro, para além do drama da protagonista, que cada vez se torna mais real: fala-se levemente sobre a política do país, por exemplo, que está preso a um modelo de monarquia absolutista; e temos até espaço para um toque a um casal LGBT que surge na trama.

Como se não fosse suficiente, surgiram reviravoltas e surpresas, ao contrário do livro anterior. E sabem como a sensação de mudança é estimulante! ;) Sem esquecer uma ou outra coisa que descobrimos acerca das personagens e dos acontecimentos da trilogia principal e que são explicados, conferindo um sentido de verdadeira conclusão à série.

Sim, conclusão. A autora consegue unir bem estes fatores e todas as pontas soltas do livro, o percurso de Eadlyn e de todas as outras personagens, e ainda os pequenos grandes significados que foi alimentado. E une tudo com uma leveza inacreditáveis. Sim, aquela que, uma vez mais, nos deixa de coração tranquilo e sorrisinho idiota nos lábios… Essa mesma!

Afinal de contas, “A Seleção” sempre foi sobre isso. Um livro rápido, tranquilo, adolescentemente romanceado. De longe, nada de literatura significativa ou intrincada. Simplesmente isto: um livro para o coração. Tão bom.

Boas leituras!! ;)

(E Bom Natal para todos!! <3)

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