Resenha: "O Dia da Águia"

  Editora: Porto Editora

  Autor: Robert Muchamore

  Edição: 1

  Número de páginas: 382

Sobre o autor

Robert Muchamore nasceu em 1972, em Londres. Desde que escreveu “O Recruta”, em 2003, a sua popularidade e sucesso literário (especialmente entre os mais novos) cresceu. O último livro da CHERUB foi publicado em 2016.

A obra

Olá a todos!! :)

Cada vez mais Henderson's Boys se aproxima do conceito de CHERUB! É movido por esta certeza que viro as páginas com uma velocidade crescente. Depois de uma aventura de sobrevivência inicial, Robert Muchamore decide trazer-nos uns meses em ambiente de missão. E assim nasce “O Dia da Águia”.

Quando a fuga tentada por Rosie e Paul falha com um naufrágio, Henderson reúne os dois irmãos, bem como Marc e um novo órfão perdido, e decide ficar na França ocupada, acompanhado de uma espia britânica com a qual fingirá ter formado uma família.

O seu talento com o alemão e o francês garante-lhe a entrada para a zona militar a norte da França como tradutor, pelo que, aparentando serem uma família de agricultores inofensivos, as nossas personagens têm caminho livre para sabotarem os planos alemães para invasão da Grã-Bretanha… Mas será que vão conseguir?

Foi este o disfarce que me fez lembrar a vida dos querubins em missão. Mesmo não usando nomes falsos, todos tiveram de fingir ser uma família, ao mesmo tempo que acabavam por reunir informações com um objetivo específico em mente.

E é assim, que, por entre perseguições e secretas mensagens em código Moorse a meio da noite, Robert Muchamore nos introduz num mundo de espionagem em cenário de guerra. Um clima no qual não existem os limites morais que pontuavam a CHERUB dos anos 2000.

No entanto, não pensem que a vertente psicológica fica absolutamente esquecida. Na verdade, mesmo que de forma leve (conforme esperado num livro infantojuvenil), Muchamore chama a atenção para as medidas desesperadas forçadas pelas circunstâncias. E não são raros os pequenos rebates de consciência das personagens mais jovens.

Toda a história é guiada com a experiência em criação de histórias do autor estrangeiro preferido dos jovens portugueses… E num estilo descontraído que, ainda assim, não perde qualidade literária, nem o ritmo de sempre.

Algo que chamou a minha atenção em particular foi o cuidado na construção da história, sempre em acordo com a outra, de “H” grande. Na verdade, cada parte do livro se inicia com um excerto de um discurso ou documento, ou então com um resumo da mudança de rumo da II Grande Guerra.

E, no final, depois de toda a ação e stress, chega uma carta enviada a Henderson a confirmar a sua mais recente proposta aos Serviços Secretos Britânicos…

Sim: a criação da CHERUB!! :)

Mal posso esperar pelo próximo!! Será já uma missão???

Boas leituras!! ;)

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