Resenha: "Percy Jackson e a Batalha do Labirinto"

  Editora: Casa das Letras (Leya)

  Autor: Rick Riordan

  Edição: 4

  Número de páginas: 372

Sobre o autor

Nascido no Texas, em 1964, onde vive com a mulher e os filhos, ensinou Inglês e História em São Francisco. O primeiro livro da sua série “Percy Jackson” obteve milhares de prémios, vendeu 2 milhões de exemplares e este mais de 100 semanas no topo do NYT.

A obra

Olá a todos!! :)

Quatro livros de cinco, lido! Apenas me falta um para terminar a coleção e concluir o desafio “De Uma Ponta a Outra”! E continuo a gostar muito das histórias de Rick Riordan…

Percy começa as aulas num colégio absolutamente conceituado e elegante. Mas o dia de apresentação foge novamente ao controlo do nosso protagonista, visitado por monstros da mitologia grega, que o levam a um novo perigo, uma nova aventura.

A verdade é que, com o exército de Crono a ganhar força a cada dia que passa, a certeza de que estes invadirão a Colónia em primeiro lugar para enfraquecer os deuses é mais forte do que nunca. E o único caminho viável é através da porta do mágico  Labirinto que se estende por baixo de todo o território americano. E, para os impedir, os nossos amigos precisarão de encontrar o seu criador, Dédalo… Sem se perderem nas loucuras e armadilhas do Labirinto.

O autor consegue reafirmar claramente a sua criatividade, a começar pelas personagens, criaturas e regras, que vão dinamizando este mundo, construído aos nossos olhos com grande vivacidade, o que inclui alguns sonhos sobre o passado das personagens que se encaixam no final.

Para além de se estabelecerem algumas ligações com o livro anterior (mostrando que alguns dos detalhes já se encontravam planeados), neste livro, adentramos num mundo de Percy Jakson inegavelmente mais sombrio e obscuro…

Mas este clima não invalida a escrita leve e descontraída (ainda que não menos cuidada) de Rick, a qual até aqui combinava idealmente com a narração de Percy, a qual incluía algumas ironias e piadas feitas pelo jovem, fazendo uso das circunstâncias. No entanto, esta última característica, por vezes, acaba por se apresentar desenquadrada.

As personagens conseguem cativar-nos verdadeiramente, e com um processo de construção próprio do autor. O tom mais obscuro acaba por se estender a algumas delas… Ah, e houve algo que me incomodou: se bem se lembram, disse-vos que Annabeth estava a meio de um processo de construção no contexto da história quando este se pausou aquando da sua ausência quase total no terceiro volume; o que acontece é que, mesmo presente, a personagem não viu este processo desenvolvido…

Continuo a deliciar-me com o modo de exploração da mitologia grega do autor, ao conciliar o ensino de histórias e nomes mitológicos com a construção criativa de personagens com base na exploração de uma ou outra característica.

Como não poderia deixar de ser, termino com o que ao final diz respeito! A reviravolta final foi razoável, ainda que ligeiramente desilusiva depois das minhas expectativas. Todavia, a cena final cumpriu responsavelmente o seu trabalho, puxando-nos para a leitura do final desta coleção!!

Boas leituras!! ;)