Série: "As Telefonistas" (3ª temporada)

19/03/2020 21:49

Episódios: 8 (55 min) - País de origem: Espanha - Ano: 2018

Avaliação: 8/10

 

Olá a todos!! :)

 

Antes de qualquer outra coisa, deixem-me já avisar... Esta opinião já foi escrita há uns tempos, apesar de nunca ter chegado a ser publicada. Agora, está na hora de partilhar convosco, já movido pela vontade de ver as temporadas seguintes nesta quarentena! ;)

 

Depois de uma pausa entre temporadas, acabei por juntar a família de forma a assistirmos, de uma vez só, os oito episódios da terceira temporada de “As Telefonistas”, logo depois de a quarta acabar de ser lançada. Bem, mas, para esse, ainda temos tempo… XD

 

Comecemos pelo evento marcante que abre a temporada e catapulta os acontecimentos que irão moldar toda a história. Lidia prepara-se para casar com Carlos num dia que tem tudo para se tornar o mais feliz das suas vidas…

 

Mas as perspetivas esperançosas de uma nova vida depressa perdem força e se desfazem, descendo subitamene ao Inferno. Em todos os sentidos… Um enorme incêndio provocado por Carmen, a mãe do noivo, coloca a vida de todos em perigo, sem que a filha bebé de ambos chegue a ser resgatada das chamas…

 

 

O início é verdadeiramente angustiante. Quando a realização está mesmo ali à frente… Tudo a correr tão bem, Lidia feliz, Carlos também, Francisco (o amor de infância de Lidia) a apoiá-los, todos os amigos e amigas concretizados… O expoente da felicidade a acontecer… E, de repente, alguém grita “Fogo!” e todos saem a correr, no meio do pânico, Lidia histérica com o desespero do desaparecimento da filha…

Todavia, acho importante dizer que, no primeiro episódio, as coisas acontecem tão depressa que quase não há tempo para digerir tudo de forma a sentirmos os cortes com maior intensidade.

 

Escusado será dizer que a temporada se baseia num confronto direto entre Lidia e Carmen, algures entre a necessidade de justiça e a irracional vingança… Ao mesmo tempo, o romance desenvolve-se e outros núcleos permitem momentos mais leves e divertidos, do tipo que nos deixam um sorriso nos lábios ou mesmo uma gargalhada tímida e inesperada.

 

Algo de valor é a manutenção dos temas. Ainda que o romance (com um toque de triângulo amoroso já desnecessário) tome um lugar central na trama, também as questões sociais (especialmente as ligadas ao feminismo e à necessidade de liberdade por minorias negligenciadas – e, na época, atacadas) vão sendo desenvolvidas até ao final, ganhando um destaque especial no fim, num evento de grande suspense que responde à dúvida na questão da abordagem social pela palavra ou pela violência.

 

 

As atuações estão perfeitas, mantendo as personalidades únicas das personagens cativantes, perfeitamente ligadas ao tom que imediatamente associamos á série. Por outro lado, a fuga ao tom, desta vez, diz respeito à alteração do genérico de uma forma absolutamente despropositada.

 

A escrita continua esplêndida, com as narrações em voz off que abrem e fecham os episódios bem estruturados da série, abrindo espaço para uma reflexão perfeitamente relacionada com o rumo da história. Estas breves poesias sóbrias são a pausa ideal para o sem-fim de sentimentos fortes e dramáticos…

 

Tudo isto ainda é coberto por algumas desconfianças e umas reviravoltas calmas e interessantes. No final, percebemos que fomos puxando o fio do novelo, o qual se encontrava mais emaranhado do que pensávamos a princípio. Por todos os motivos e mais algum (como a música atualizada e que dá um toque fresco, ou a boa qualidade de filmagem), não hesito em aconselhar aos fãs do género: Vejam!!! Não tenho dúvidas de que vão gostar!

 

Boas leituras!! ;)