Série: "Elite" (1ª temporada)

Episódios: 8 (50 min) -  País de origem: Espanha  -  Ano: 2018

Avaliação: 6/10

Olá a todos!! :)

E eis que me lanço à pretensa predecessora de “La Casa de Papel”… E o resultado não é propriamente entusiástico.

Tudo começa num colégio caro espanhol, com a receção de três novos estudantes sorteados do meio dos alunos de uma escola secundária acabada de ruir por problemas de construção… Marina, uma rapariga jovem e um tanto problemática acaba por se envolver com um deles (e perder-se num duvidoso esquema com vista à fuga da vida que leva).

Os outros dois alunos, um rapaz e uma rapariga, veem-se mergulhados nos seus próprios problemas pessoais… ela depara-se com os constrangimentos de uma família conservadora, e ele… com um triângulo amoroso estranhamente ativo.

A história anda sempre de volta do misterioso assassinato de Marina, a qual parece ganhar sempre cada vez mais inimigos a cada atitude impensada que leva a cabo… Tudo, num drama adolescente que foi incapaz de não me deixar de nervos em franja (por mais do que uma vez!).

"Elite" começa com um simples cliché… Um homicídio por resolver, pequenas intrigas típicas deste tipo de série, a habitual e nada criativa divisão entre ricos e pobres… No entanto, felizmente, as relações entre as personagens tentam abrir mentes e esquecer estereótipos (pelo menos, a maioria… porque a visão do islão como estrutura arcaica e incompatível com a modernidade é um pouco exagerada!).

Agora… À parte das cenas sexuais explícitas, há algo que sinceramente não consigo perceber em séries juvenis: a inadequação à idade das personagens! Miúdos com 16 anos não têm este comportamento, independentemente do ambiente em que se encontrem: a forma de se relacionarem, de falarem, de pensarem, de argumentarem… Tudo numa malícia intrínseca e calculada.

A qualidade de imagem e a agradável escolha das músicas ajuda a construir verdadeiros momentos, ainda que num estilo não muito próprio ou original…

As interpretações não são más… As personagens lá nos vão chamando a elas de forma inconstante (exceto a protagonista, que não deu para gostar nem um bocadinho); mas, de forma geral, vão-nos enganando até ao momento da revelação.

De facto, o final foi, no mínimo, interessante, levando-nos a refletir sobre quantas pessoas interferem na vida de cada um de nós (e sobre a magnitude destes impactos aparentemente mínimos). Uma  possível continuação não traria nada de novo e apenas estragaria o significado desta conclusão… da perfeita cena final que nos deixa a pensar mais do que qualquer outra…

Boas leituras!! ;)